Drª Letícia Rautha

Av. Brasil, 275, Jardim Paulista, São Paulo, SP | 11 3052-1448

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    SOBRE MIM

    Dra. Letícia Rautha

    CRM 204442 | RQE 77990

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    A Dra. Letícia Rautha é médica dermatologista, atua tanto na área da dermatologia clínica, como na cirúrgica e na cosmiátrica (estética). É uma grande entusiasta da dermatologia natural e integrativa, com tratamentos naturais, se utilizando do poder sinérgico das substâncias vegetais, com menor quantidade possível de toxinas, além de procedimentos estéticos minimamente invasivos. Possui publicações nas principiais entidades científicas mundiais, como o Blue journal da Academia Americana de Dermatologia e o Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia (CILAD).

     Títulos:

    ● Sócia Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia

    ● Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD/AMB).

    ● Mestra no curso de Pós-graduação da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), CAPES 7.

    ● Sócia da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

    ● Especializada em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein

    ●  Pós-Graduanda em Práticas Integrativas Estudos Avançados pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

    ● Dermatologista pela Policlínica Geral do Rio de Janeiro (PGRJ).

    MEUS DIPLOMAS

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    NA MINHA OPINIÃO, A SAÚDE DA PELE VAI ALÉM DOS CUIDADOS MÉDICOS CLÁSSICOS, COM O USO DE MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS. É IGUALMENTE FUNDAMENTAL TER UM OLHAR HOLÍSTICO SOBRE A DERMATOLOGIA, VALORIZAR A AUTOESTIMA E TODAS AS FORMAS DE BELEZA, MANTER UMA MENTE SAUDÁVEL, TER UMA BOA RELAÇÃO COM A NATUREZA E ESTAR DE ACORDO COM OS SEUS VALORES ÉTICOS.

    Letícia Rauthamédica dermatologista

    VIRTUAL TOURJardins SP

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    Crônica

    Minha história na medicina 

     Sendo bem HumanaLetícia Rautha

    Sempre acreditei no corpo e mente como uma unidade, não me refiro ao cérebro, órgão pertencente ao sistema nervoso central responsável pelos nossos comandos, cognição e até as nossas emoções. Me refiro a nossa psique, que segundo Sigmund Freud é um equilíbrio, ou mesmo um desequilíbrio entre o Id (nossos instintos) e o Superego (nossa moral). Tema esse abordado em uma matéria de psicologia que tive no segundo período da faculdade de medicina, quando apenas eu e outro colega olhávamos atentos as explicações do professor, e achando interessante aquela invasão das “humanas” em uma turma que estava mais interessada em quantos músculos formavam o quadríceps femoral. Por que precisamos aprender esse tipo de assunto? Que perda de tempo! Vários indagavam. Como resultado, a matéria foi retirada da nossa grade curricular semanas depois. Nos períodos seguintes, e até a nossa formatura, só apenas tivemos matérias consideradas “relevantes” ao nosso curso. Ao longo da minha formação acadêmica conheci meus verdadeiros professores, em sua maioria não possuíam nem o ensino fundamental, tratava-se dos pacientes crônicos da Santa Casa de Misericórdia do Rio de janeiro. “Pacientes”, não se cansavam em mostrar suas manchas, seus órgãos imensos, apalpados inúmeras vezes na esperança de ensinar um pouco a aqueles, que poderiam no futuro, lhes trazerem algum tipo de conforto. Com certa estranheza participava dos rounds, momento em que os doentes se tornavam transparentes, pois tudo lhes era exposto na cabeceira dos seus leitos. Sobre a narrativa em terceira pessoa de seus cuidadores e aos ouvidos de seus pupilos, passivamente recebiam as atualizações sobre o seu estado clínico. Nessas ocasiões sentia ainda mais saudades das minhas aulas de psicologia que não tivera.Logo veio a formatura, com os inúmeros plantões em pronto socorro, privação de sono, e o estudo interminável para uma vaga na residência de dermatologia. O desgaste com a medi-cina dura foi me convencendo que talvez as “humanas” fossem irrelevantes para minha prática como médica, e todo meu foco foi voltado para updates, guidelines, terapêuticas off label e entre outros bordões médicos da língua inglesa, que pudessem me qualificar como profissional de excelência. As passagens de casos pelos leitos já não mais me causavam ojeriza, como que um anestesiamento progressivo. Quanto mais prática fosse a minha ro-tina, melhor para todos seria. Quase sempre afável nos meus atendimentos, mas com certeza mais preocupada com corpo do que com a mente dos meus clientes.Os estudos enfim resultam em uma vaga no serviço de dermatologia, os plantões foram se tornando menos frequentes e junto com eles um pouco do estresse. Sem o viés da tensão gerada por um pronto socorro, recupero minha parte “humana”, e presto a atenção que muitas daquelas pessoas que estão sentadas na minha frente no consultório para ouvir minhas orientações, querem na verdade é serem ouvidas, e esse é o remédio que buscam. Mais que ouvidas, querem ser notadas e individualizadas. Bom dia, Dona Maria, estava arrasando nas fotos daquela festa, como vai a sua filha doente? Em suma, existe a expectativa inconsciente que as suas mentes e a sua personalidade sejam priorizadas em relação seu corpo, ou a parte dele que se encontra mais doente. Mais doente, uma vez que se, se padece de um órgão como um pulmão em uma pneumonia, você estará universalmente enfermo em corpo, mente e espírito. Volto, com isso, a querer reivindicar pelas minhas aulas de psicologia.Com essa percepção, algumas universidades como a UFF já incluíram em sua grade curricular, no curso de medicina, a espiritualidade como base para a afirmação de que os sentimentos influenciam nas manifestações de doenças e apontam o perdão como a cura. Na Europa e nos Estados Unidos mais de oitenta por cento possuem essa cadeira no currículo de medicina. Como médica, e através da minha experiência profissional de 10 anos, pude enxergar o que é essencial: a integralidade do corpo, mente e espírito. Peço nesse momento perdão a todos os meus pacientes no início da minha jornada, anestesiei minha empatia, minha parte “humana”. Somos seres sociáveis, além do tecido ósseo, dos vasos sanguíneos, também somos dotados da nossa moral e dos nossos valores éticos. Caso qualquer um deles entre em desequilíbrio, somos fadados a um status infirmum. Dotadosde uma eterno balanço entre corpo e mente, saúde e doença, e Id e Superego.